AcidNeon
Conceito visual e arte digital para capa do livro Acid Neon que integra o projeto independente de ficção e narrativa multimidiática
colaborativa da editora Coverge. [Visual concept and digital art for the cover of the book Acid Neon that integrates Coverge's independent collaborative and multimedia narrative fiction project.] @coverge
Conceito: Através da visão subjetiva de um andróide semi-humano, circuitos se fundem e se confundem com movimentos em contração e expansão de uma íris orgânico-cibernética. Um respiro latente que calcula de modo metódico a entrada da luz. O calor do sol e o frio da lua em uma aberração cromática com tempo indefinido. Não se sabe se é futuro ou se é passado, pois o tempo entre eles não existe. Existe a latência, programada para adequar-se ao espaço, mensurando perspectivas, ângulos e linhas. Volumes que se formam criando possibilidades de interação. O que se sabe, é que a emoção - ou o que isso representa para uma inteligência artificial - traduz-se em cores que em contrastes, vibram nostalgia, sensações, lembranças. Algo pertencido, mas sem definição aparente. Apenas encontros de imagens, luzes em neon e o gosto ácido de memórias recolhidas. Algo se move rapidamente, um vulto sempre presente, do que se foi e do que se é. Um fantasma de recordações guardadas em dígitos e clusters que preenchem espaços e revelam vazios existenciais. Distopia pura. Ácida e Neon.

Prefácio: Tempo distópico. Ontem e amanhã em um mesmo cenário. Sob a ótica da interação polimidiática, onde tudo se atravessa, se mistura, se complementa, interfere. Se conecta. Em forma de escrita, seres convergem e divergem. Pensamentos, sonhos lúcidos, viagens espaço-temporais, em sinergia de neurônios e sinapses ácidas com sabor de neon. Cibercultura popular, contracultura digital. Autores de uma nova era e geração influenciados por referências que se intercalam com vivências. Narrativas de um futuro próximo ou de um passado distante? Quando estamos? Quando é agora? Um segundo no cosmos e dezenas de histórias que se encontram. Entre dróides, humanos, robôs e inteligências variadas, repertórios se conectam através da cultura plural de um país com suas histórias, desejos, necessidades e olhares distintos, conduzidos pela narrativa alternativa de suas vozes no eco do espaço. Propagando. Em busca de alguém que dê sentido, materializando e visualizando o intangível. A criatividade de quem conta e de quem lê, transmutando em interpretações virtuais de uma simulação real - a criação de universos em páginas eletrizantes. Leitura ótima para se fazer em um monorail , ao som de um sonar sentido simulacro. Tomando um daqueles drinks neon enquanto se chega ao paradoxo.
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